
Nunca foi tão sexy ser nerd: a nova masculinidade geek
De Jonathan Bailey a Pedro Pascal e David Corenswet: o combo cérebro e vulnerabilidade viram o novo crush do cinema
Quando The Big Bang Theory estreou, lá em 2008, o “nerd” virou “cool”, mas ainda assim, seguindo um estereótipo que unia ciência e humor.
Hoje, mais de quinze anos depois, esse perfil evoluiu. O nerd se tornou símbolo de inteligência, sensibilidade e… sedução. Nunca foi tão sexy ser nerd. E isso fica bem claro na leva de filmes que chegou aos cinemas no último mês.

Jonathan Bailey: o paleontologista que rouba corações
Em Jurassic World: Recomeço, Jonathan Bailey interpreta um cientista genuinamente apaixonado …. Seu sorriso tímido e os pequenos óculos disfarçam um homem capaz de segurar distrações pré-históricas e, ao mesmo tempo, despertar suspiros na plateia. Bailey traz na fala pausada e na postura cuidadosa uma vulnerabilidade pouco vista em galãs de ação tradicionais. Aliás, é a primeira vez na franquia em que o homem é quem precisa ser salvo… É aquela mistura de erudição e desejo, que nos faz repensar: quem precisa de músculos quando se tem cérebro e charme?

Pedro Pascal: inteligência e elegância no Quarteto Fantástico
Já em Quarteto Fantástico, Pedro Pascal revela o charme intelectual de Reed Richards. Ele encarna um gênio inseguro, ansioso por acertar fórmulas impossíveis e governar realidades alternativas. Pascal nos lembra por que a ciência, e o homem por trás dela, podem ser irresistíveis.

David Corenswet: o Superman vulnerável
Em Superman de James Gunn, David Corenswet resgata o brilho solar do Homem de Aço. Mas traz também os momentos vulneráveis e comuns de Clark Kent. Corenswet desconstrói o arquétipo do herói invencível ao mostrar inseguranças típicas de quem tenta entender seu lugar no mundo. É essa mistura de poder absoluto e coração exposto que torna seu Superman tão próximo de nós e, por isso, tão atraente.
A nova masculinidade: forte, sensível e menos prova social
O que todos esses personagens têm em comum? Eles representam uma masculinidade reinventada: ainda são fortes e protetores, mas menos preocupados em provar virilidade. Não se trata de músculos à mostra, e sim, de coragem para sentir medo, amor e dúvida. Essa virilidade empática não busca agradar outros homens; busca, antes, conectar-se com a própria humanidade e com o público. É uma masculinidade que se dá o direito de ser vulnerável e a gente agradece por isso.
Essa transformação reflete uma transformação social. Em tempos de debates sobre saúde mental e papéis de gênero, personagens que unem intelecto e emoções nos inspiram a abraçar toda a complexidade humana. Eles provam que a verdadeira força não vem de ombros largos, mas de um coração capaz de se encantar e se expor.
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