
Lua de Cristal: o conto de fadas brasileiro que marcou uma geração
Há 35 anos, Xuxa Meneghel e Sérgio Mallandro estreavam o maior sucesso do cinema nacional dos anos 90
Há 35 anos, o cinema brasileiro ganhava sua própria versão de um clássico dos contos de fadas. Em 1990, “Lua de Cristal”, estrelado por Xuxa Meneghel e Sérgio Mallandro, levava mais de 5 milhões de pessoas aos cinemas e se tornava o filme nacional mais assistido da década.
Dirigido por Tizuka Yamasaki, o longa reconta a história da Cinderela sob uma ótica totalmente brasileira. A protagonista, Maria da Graça (Xuxa), é uma jovem do interior que se muda para a cidade grande com o sonho de cantar. Lá, enfrenta uma tia cruel, primos maldosos e o peso de ser uma sonhadora em meio à realidade difícil…. até encontrar Bob (Sérgio Mallandro), um príncipe nada tradicional: atrapalhado, divertido, mas fiel ao ideal de bondade e amizade que Maria imaginava nos seus sonhos.
O sucesso foi imediato. O público se encantou com a mensagem simples, mas poderosa, de acreditar em si mesmo. E, claro, com a icônica música “Lua de Cristal, que me faz sonhar…”, que se tornaria um hino de otimismo dos anos 90. A letra, escrita por Michael Sullivan e Paulo Massadas, ultrapassou o universo do filme e se transformou em um símbolo da própria Xuxa, marcando gerações que cresceram acreditando no poder dos sonhos.
Reprisado inúmeras vezes na TV, o filme ganhou status de fenômeno cultural: as roupas, as falas, os trejeitos e até os memes continuam vivos no imaginário popular. “Lua de Cristal” representa uma era em que o cinema nacional unia humor, fantasia e esperança, com a estética colorida e o espírito leve que definiram os anos 90.
No fim, Lua de Cristal não é só mais um “filme da Xuxa” nem apenas um delírio coletivo dos anos 90. É um marco da cultura pop brasileira, um lembrete de que sonhar, mesmo quando o mundo parece dizer o contrário, ainda é uma das formas mais puras de coragem.
Onde assisti: “Lua de Cristal” está disponível no catálogo da Globoplay
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