
Música, cor e personalidade: Guerreiras do K-Pop acerta em cheio!
Huntr/x e Saja Boys debutam em Guerreiras do K-Pop, que une muita ação, atitude e uma trilha sonora original impecável!
O K-pop é mais do que um gênero musical, é um fenômeno cultural global, e Guerreiras do K-Pop chega com tudo para aproveitar essa onda! O novo filme de animação da Sony Pictures Animation, disponível na Netflix, mistura ação, música, humor e girl power em um enredo que é quase um “Três Espiãs Demais versão K-Pop”. O resultado? Um espetáculo visual e sonoro que conquista já nos primeiros minutos e que deixa aquele gostinho de “quero mais”.
A Sony Pictures Animation, vale lembrar, é o estúdio por trás de animações incríveis como Homem-Aranha no Aranhaverso e A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas — obras que reinventaram o estilo e a narrativa dentro do gênero. Aqui, eles aplicam o mesmo espírito ousado e visual marcante para contar uma história que mistura o universo do K-pop com batalhas épicas contra forças sombrias.
A trama acompanha um grupo de jovens que, além de fazer parte de um dos maiores grupos de K-pop do mundo, também atuam secretamente como caçadoras de demônios. Sim, é exatamente esse mix maluco que torna o filme tão divertido: performances se alternam com batalhas frenéticas contra demônios. Tudo isso embalado por uma trilha sonora original excelente — digna de Oscar — e por cenas de ação surpreendentemente bem coreografadas para uma animação.
O visual é outro destaque. A animação tem cores vibrantes, figurinos e efeitos impecáveis. As personagens do trio principal também não ficam atrás, apesar do protagonismo da Rumi, cada uma tem personalidade marcante, carisma de sobra e dinâmica de grupo que funciona muito bem. É fácil se apegar às protagonistas, torcer por elas e embarcar de cabeça no universo do filme.
Outro personagem que se destaca é o Jinu, o principal antagonista da história e líder do grupo de K-Pop formado por demônios. O filme vai além do maniqueísmo e traz nuances à figura do Jinu, ao contar sua história, suas motivações e mostrar que até mesmo “monstros” podem ter uma faísca de luz.
Outro acerto está na temática. O filme conversa muito bem com o público jovem que consome cultura pop asiática. Tudo isso sem parecer forçado — o que é um mérito em meio a tantas produções que apenas surfam a onda do K-pop, sem entender de fato sua essência.
E em meio a tudo isso, a animação ainda encontra espaço para uma crítica sutil — mas certeira — à própria indústria do K-pop. A rotina exaustiva das protagonistas, que mal têm tempo para respirar entre turnês, treinamentos e salvamentos do mundo, parece ecoar a realidade vivida por muitos idols reais — jovens que lidam com agendas sobrecarregadas, pressão extrema e quase nenhuma folga. A falta de descanso e a cobrança por perfeição são pinceladas de forma inteligente, funcionando como uma alfinetada à engrenagem implacável do entretenimento coreano.
O único pecado de Guerreiras do K-Pop é ser curto demais. Seria muito mais interessante vê-lo como uma série, em que os personagens poderiam se desenvolver com mais profundidade e o universo fantástico ganhar camadas.
No fim das contas, Guerreiras do K-Pop é um entretenimento redondo, divertido e atual. Com ritmo, estilo e personalidade, o filme entrega exatamente o que promete — e prova que há espaço, sim, para idols combaterem o mal entre uma turnê e outra.
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