
Gen V 2ª temporada: o enigma do Projeto Odessa (e o que isso diz sobre a Vought)
Episódios 1–3 trazem conexões diretas com The Boys, explicam a ausência de Andre e colocam o poder de Marie em foco
A 2ª temporada de Gen V chegou essa semana ao Prime Video com três episódios e já começou naquele ritmo “sem tempo, irmão”. Em outras palavras: a Godolkin University virou palco de guerra ideológica e científica, e a Vought está testando os limites do que significa ser (e fabricar) um super.

Godolkin nunca foi “só” uma faculdade
Logo de cara, a série revela que Thomas Godolkin – braço direito de Frederick Vought – concebeu a GodU para ser um laboratório disfarçado. O campus sempre foi menos sobre formar Supers e mais sobre pesquisar o Composto V, calibrar poderes e produzir Supers cada vez mais letais. É assim que um nome volta a assombrar os corredores: Projeto Odessa.
O que é o Projeto Odessa?
Nos episódios 1–3, Odessa aparece como um programa antigo, cercado de sigilo e com cara de experimento-fundação da Vought. Fora da ficção, “ODESSA” é uma sigla associada a um grupo clandestino que teria auxiliado nazistas a escaparem após a Segunda Guerra Mundial. Considerando as origens sombrias de Frederick Vought, a evocação do termo não parece acidental. Na narrativa, Odessa funciona como a espinha dorsal de um plano que atravessa décadas e cujo objetivo é simples (e aterrorizante): garantir a supremacia Super por qualquer meio e qualquer custo.

Conexões com The Boys (Temp 4) que você precisa perceber
A 4ª temporada de The Boys já havia piscado esse aviso: um memorando de Odessa, datado dos anos 1960, surge no laboratório visitado por Capitão Pátria (aquele em que ele m4t4 todo mundo), o que levanta uma pergunta importante: Homelander foi o primeiro “grande sucesso” de Odessa? Se a resposta for “sim”, então Gen V está mapeando a linhagem de monstros que a corporação vem criando e Godolkin é o berçário dessa superburocracia.
Marie, a peça que não encaixa (justamente por ser a mais importante)
Em meio às placas, dossiês e portas com “Security Clearances Required”, há outro indício incômodo: Marie seria o próprio Projeto Odessa. Ou seja, os episódios sugerem que, pós-Homelander, ela é o caso mais promissor (e talvez o único) de um “Odessa 2.0”. E faz sentido já que sua habilidade no controle de sangue não serve só para cenas chocantes: é biologia aplicada como arma. Em um mundo obcecado por invulnerabilidade externa, Marie ataca por dentro.
A falta que Andre faz
A temporada também encara, com respeito, a despedida de Andre Anderson. O ator Chance Perdomo faleceu entre as temporadas e a solução que os roteiristas encontraram para honra o personagem e o intérprete foi boa. Os três primeiros episódios constroem essa ausência com cuidado, permitindo que o luto dos amigos vire motor dramático e mais um lembrete de que Godolkin moe gente para manter a engrenagem rodando.

“Ah, eu conheço esse rosto…”
Se Thomas Godolkin te pareceu familiar, é porque Ethan Slater (o Boq do musical Wicked) é quem dá vida ao personagem.
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