Wicked: da Broadway ao cinema, o conto que virou símbolo de uma geração
Entenda a história, os bastidores e o impacto de um dos musicais mais amados da Broadway e agora eternizado no cinema
Antes de ser o filme mais aguardado da década, Wicked já era um fenômeno. Baseado no livro de Gregory Maguire, o musical criado por Stephen Schwartz e Winnie Holzman reescreveu a história das bruxas de Oz e transformou Elphaba e Glinda em símbolos de empatia, amizade e poder feminino.
Agora, mais de 80 anos depois de O Mágico de Oz, Wicked também chega aos cinemas trazendo nostalgia e despertando novas emoções. Afinal, Wicked sempre sobre o poder de ser diferente.

1. O que é Wicked
- O musical da Broadway e o filme são inspirados no romance “Wicked: The Life and Times of the Wicked Witch of the West”, escrito por Gregory Maguire e lançado em 1995.
- Maguire reinterpreta a história de O Mágico de Oz sob o ponto de vista de Elphaba, a Bruxa Má do Oeste.
- O tema central é: o que é ser “mal”, afinal, e quem decide isso?
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2. A consagração na Broadway
- O musical, criado por Stephen Schwartz e Winnie Holzman, estreou na Brodway em 2003 com direção de Joe Mantello..
- O elenco original contava com Idina Menzel (Elphaba) e Kristin Chenoweth (Glinda).
- O musical ganhou 3 Tony Awards, foi álbum vencedor do Grammy e tornou-se um dos musicais mais lucrativos da história.
- Em 20 anos, já são mais de 65 milhões de espectadores no mundo..
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3. Do palco ao cinema
- Projeto do filme foi anunciado em 2012 pela Universal Pictures (que detém os direitos desde 2004)..
- O filme passou por anos de “development hell” até ser destravado pelo diretor Jon M. Chu (In the Heights, Crazy Rich Asians).
- O longa é dividido em duas partes e segue a divisão de atos do musical: a primeira parte foi lançada em 2024. E a segunda parte em 2025.
- O elenco traz: Cynthia Erivo (Elphaba), Ariana Grande (Glinda), Jonathan Bailey (Fiyero), Michelle Yeoh (Madame Morrible) e Jeff Goldblum (O Mago de Oz).
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4. Temas e simbolismo de Wicked
- Amizade feminina: entre empatia e rivalidade, Glinda e Elphaba desafiam os papéis impostos às mulheres.
- Diferença e aceitação: Elphaba representa o “outro”, o diferente, o rejeitado, o incompreendido.
- Política e poder: o musical fala sobre corrupção, propaganda e a manipulação da verdade.
- Maturidade emocional: o que começa como fantasia vira reflexão sobre crescimento, perda e amor.
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5. O impacto cultural de Wicked
- O musical quebrou recordes de bilheteria em Nova York e Londres.. Transformou Idina Menzel um ícone (e influenciou personagens como a Elsa, de Frozen). Tornou-se símbolo de protagonismo feminino na Broadway.
- A versão cinematográfica de Wicked representa o retorno dos grandes musicais como evento cultural. A estética mistura teatro clássico, fantasia moderna e drama épico. O hype é alimentado por dois públicos: os fãs da Broadway e a geração que cresceu com Glee e Frozen.
- Defying Gravity virou hino de superação. Há referências a história em outras produções como em Glee, RuPaul’s Drag Race, The Voice e até em memes de TikTok. Fãs criam fanarts, cosplays e produções amadoras no mundo todo.
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6. Bastidores e curiosidades
- Cynthia Erivo e Ariana Grande cantaram ao vivo em diversas cenas do filme.
- O set principal da Cidade das Esmeraldas foi construído em escala real nos estúdios da Universal.
- A pós-produção da Parte 1 envolveu mais de 1.000 artistas de efeitos visuais.
- Ariana Grande compartilhou em entrevista que Glinda foi “o papel dos sonhos de uma vida inteira”.
7. Por que Wicked importa
Mais do que um musical, Wicked é uma narrativa sobre empatia e desconstrução. Num mundo polarizado, a história de Elphaba, uma mulher julgada pela cor, pela voz e pela força, ressoa com novas camadas. O que antes era apenas um conto de fadas, hoje soa como manifesto: a verdadeira mágica está em se permitir ser quem você é.