Wandinha é a nova Stranger Things?

Wandinha pode ser o novo Stranger Things da Netflix?

Como a plataforma prepara sua próxima febre pop dentro e fora das telas

Quando a Netflix confirmou a temporada final de Stranger Things, uma pergunta ecoou entre fãs e mercado: qual título vai ocupar o espaço deixado por um dos maiores fenômenos do streaming? Não é só sobre audiência. É sobre impacto cultural, marcas conversando com a série, trilhas que viram trend e personagens que entram no nosso vocabulário. É nesse vácuo que Wandinha surge como a aposta mais forte.

Stranger Things
Poster da série Stranger Things da Netflix | Reprodução

O que Stranger Things deixou como legado

Desde 2016, Stranger Things fez muito mais do que revisitar a ficção científica oitentista. A série ajudou a moldar o catálogo da Netflix, revelou talentos como Millie Bobby Brown, virou fantasia de Halloween, rendeu linhas de produtos e consolidou a plataforma como sinônimo de blockbuster no streaming. Quem acompanha cultura pop, em algum momento, trombou com Hawkins e isso elevou a régua para qualquer sucessora.

Por que Wandinha despontou como “herdeira”

Estrelada por Jenna Ortega e supervisionada por Tim Burton, Wandinha explodiu logo na estreia e se tornou, rapidamente, a maior série de língua inglesa da Netflix, somando 360 de milhões de visualizações. Ela preenche uma lacuna importante: juventude investigando mistérios em tom sobrenatural, humor ácido, carisma instantâneo e um visual que conversa com a geração TikTok. O “efeito trend” não demorou: da dança à estética gótica-chic, a personagem dominou o feed e ganhou um fandom barulhento.

Wandinha
Personagens da série Wandinha da Netflix | Reprodução

A fórmula: nostalgia com olhar contemporâneo

Parte do magnetismo de Wandinha está no casamento entre passado e presente. A série reimagina o universo da Família Addams com um olhar moderno e identidade visual sombria, sem perder a essência da personagem. A investigação “caso da semana” se mistura a arcos de crescimento, escola de outsiders, romance com pé no freio e um humor que rende recortes perfeitos para memes e vídeos curtos. É entretenimento pensado para maratonar e para compartilhar.

Quando a cultura pop vira mercado

O salto de Wandinha para além da tela foi imediato. Marcas entenderam a força do símbolo e correram para colaborações que falam a linguagem do público. No Brasil, Nubank, Guaraná Antarctica, Cheetos, Oreo e Vivo acionaram a estética e o imaginário da série em campanhas recentes. Lá fora, a rede Wendy’s lançou combo temático com design gótico e o Booking.com surfou a elegância sombria de Mortícia em ações de viagem. Não é trivial: é o tipo de engajamento que Stranger Things conquistou e que a Netflix quer manter vivo.

O curta do Nubank teve a chancela criativa do próprio Tim Burton, reforçando a assinatura autoral que os fãs reconhecem. A Guaraná Antarctica resgatou “pipoca com guaraná” ao lado do Mãozinha, conectando nostalgia nacional ao ícone global. As ações dos parceiros mostram como a série transborda a tela e vira repertório cultural, algo que a Netflix valoriza porque amplia a vida útil da obra.

Então… Wandinha é a nova Stranger Things?

Ainda é cedo para carimbar Wandinha como substituta direta… Mas alguns sinais estão dados: público enorme, estética facilmente replicável, personagem com identidade forte, conversa orgânica com marcas e capacidade de gerar assunto e trends nas redes (algo que se tornou importante nos últimos anos).. A série já é um pilar do catálogo e indica a estratégia da Netflix para a era pós-Hawkins: narrativas de gênero com apelo global, protagonistas marcantes e universos que respiram dentro e fora do streaming.

No fim, talvez a pergunta certa não seja “quem substitui Stranger Things?”, e sim “quais histórias conseguem, hoje, ocupar a conversa?”. Nesse jogo, Wandinha já está na linha de frente.

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daniellacadavez@gmail.com

A Dani é a nossa Girl Boss e diretora na Legião dos Heróis. É Millennial com orgulho, fã de Star Wars, Disney, Jogos Vorazes, ficção científica e romances de época.

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